Os portadores do mal de Parkinson têm um motivo para comemorar. Uma pesquisa desenvolvida pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis caminha em direção à cura dos sintomas da doença. O paciente não poderá dizer que está livre do problema, mas viverá sem os terríveis tremores e a incapacitante rigidez muscular. Para quem sofre de Parkinson, recuperar o controle dos movimento é o mesmo que estar curado.
A técnica consiste em um pequeno corte na altura do pescoço para implantar uma espécie de marca-passo na medula. Hoje, marca-passos são colocados no interior do cérebro, mas a cirurgia é cara e muito invasiva. A nova técnica de Nicolelis parte de uma visão diferenciada da neurologia, criada pelo próprio cientista, e que o transformou em um dos pesquisadores mais importantes da atualidade.
Seu grande mérito está na compreensão do cérebro como um órgão contínuo, com os neurônios agindo em conjunto. Até hoje, os neurologistas pressupõem uma série de divisões, nas quais cada área do órgão se- ria responsável por funções distintas. Para Nicolelis, essa divisão não faz sentido. Ele pretende, inclusive, publicar em 2010 um livro com sua nova teoria sobre o cérebro.
Ao pensar no sistema nervoso de forma mais integrada, o neurologista buscou outra porta de entrada para combater o Parkinson. Atualmente, já existem cirurgias para implantes de marca-passos, mas elas são restritas a cerca de um terço dos pacientes. “E são muito caras, o que é uma grande dificuldade para o brasileiro”, explica a neurologista Elza Dias da Silva, presidente da Academia Brasileira de Neurologia.
O experimento de Nicolelis foi realizado em ratos e camundongos que tinham rigidez muscular. Ao implantar o estimulador, eles imediatamente começaram a se mexer. Foi um sucesso. Os animais ficaram 26 vezes mais ativos. O cientista testou ainda uma combinação: o estimulador com medicações. Bastaram duas doses de remédios para obter bons resultados. Sem o estimulador, foi preciso subir para cinco doses.
O estimulador elétrico corrige uma espécie de curto-circuito do sistema nervoso. Em pessoas saudáveis, os neurônios (células cerebrais) se “acendem” com velocidades diferentes conforme a informação sobre um movimento é transmitida entre cérebro e corpo. No portador da doença, os neurônios disparam ao mesmo tempo. Como resultado, a pessoa tem tremores ou rigidez muscular.
Para resolver o problema, Miguel Nicolelis implantou duas sondas metálicas muito finas na coluna das cobaias. Por elas, uma corrente elétrica foi transmitida para a medula, corrigindo o ritmo dos neurônios. O próximo desafio é testar a técnica em macacos. Uma equipe de cientistas estuda como fazer isso no Instituto de Neurociência de Natal. “É uma pesquisa muito promissora”, afirma Elza.
A técnica consiste em um pequeno corte na altura do pescoço para implantar uma espécie de marca-passo na medula. Hoje, marca-passos são colocados no interior do cérebro, mas a cirurgia é cara e muito invasiva. A nova técnica de Nicolelis parte de uma visão diferenciada da neurologia, criada pelo próprio cientista, e que o transformou em um dos pesquisadores mais importantes da atualidade.
Seu grande mérito está na compreensão do cérebro como um órgão contínuo, com os neurônios agindo em conjunto. Até hoje, os neurologistas pressupõem uma série de divisões, nas quais cada área do órgão se- ria responsável por funções distintas. Para Nicolelis, essa divisão não faz sentido. Ele pretende, inclusive, publicar em 2010 um livro com sua nova teoria sobre o cérebro.
Ao pensar no sistema nervoso de forma mais integrada, o neurologista buscou outra porta de entrada para combater o Parkinson. Atualmente, já existem cirurgias para implantes de marca-passos, mas elas são restritas a cerca de um terço dos pacientes. “E são muito caras, o que é uma grande dificuldade para o brasileiro”, explica a neurologista Elza Dias da Silva, presidente da Academia Brasileira de Neurologia.
O experimento de Nicolelis foi realizado em ratos e camundongos que tinham rigidez muscular. Ao implantar o estimulador, eles imediatamente começaram a se mexer. Foi um sucesso. Os animais ficaram 26 vezes mais ativos. O cientista testou ainda uma combinação: o estimulador com medicações. Bastaram duas doses de remédios para obter bons resultados. Sem o estimulador, foi preciso subir para cinco doses.
O estimulador elétrico corrige uma espécie de curto-circuito do sistema nervoso. Em pessoas saudáveis, os neurônios (células cerebrais) se “acendem” com velocidades diferentes conforme a informação sobre um movimento é transmitida entre cérebro e corpo. No portador da doença, os neurônios disparam ao mesmo tempo. Como resultado, a pessoa tem tremores ou rigidez muscular.
Para resolver o problema, Miguel Nicolelis implantou duas sondas metálicas muito finas na coluna das cobaias. Por elas, uma corrente elétrica foi transmitida para a medula, corrigindo o ritmo dos neurônios. O próximo desafio é testar a técnica em macacos. Uma equipe de cientistas estuda como fazer isso no Instituto de Neurociência de Natal. “É uma pesquisa muito promissora”, afirma Elza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário