quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Assimetria no balanço dos braços pode indicar doença de Parkinson

Balanços de braços assimétricos durante a marcha podem ser um sinal precoce de doença de Parkinson, dizem neurologistas que acreditam que a detecção precoce pode ajudar médicos a realizarem tratamentos que reduzam a velocidade de degeneração dos neurônios até que estratégias para diminuir a progressão da doença estejam disponíveis.

“Atualmente a doença é diagnosticada por tremor de repouso e rigidez no corpo e nos membros”, afirma Xuemei Huang, professor associado de neurologia, do colégio de Medicina Penn State Hershey . “Mas no momento em que nós diagnosticamos a doença, cerca de 50 a 80% das células críticas denominadas neurônios dopaminérgicos já estão mortas.”
Huang e seus colegas estão estudando marcha – a maneira como as pessoas caminham – para compreender os sinais físicos que podem ser um marcador muito precoce para o início do Parkinson. Eles confirmaram a impressão clínica de Huang de que em pessoas com Parkinson, o balanço dos braços é assimétrico. Em outras palavras, um braço balança muito menos que o outro enquanto a pessoa caminha.
“Nós sabemos que os pacientes com Parkinson perdem o balanço do braço já no início da doença mas ninguém havia trabalhado usando um método medido cientificamente para observar se a perda era assimétrica ou quando essa assimetria aparecia pela primeira vez, disse Huang. “Nossa hipótese é que como o Parkinson é uma doença assimétrica, o balanço de um dos braços será perdido antes comparado ao do outro.”
A análise da magnitude do balanço do braço, assimetria e velocidade da marcha mostraram que o balanço do braço de pessoas com Parkinson tem uma assimetria notavelmente maior do que em pessoas sem a doença. Quando os participantes caminhavam mais rápido, o balanço do braço aumentava, mas a assimetria entre os braços se mantinha igual.
“Nós acreditamos que essa é a primeira demonstração de que a assimetria do balanço dos braços pode ser um sinal muito inicial da doença,” disse Huang. “Nossos dados sugerem que isso pode ser uma ferramenta muito útil para a detecção precoce do Parkinson,” observou Huang. “Há esforços em larga escala para descobrir drogas que reduzam a velocidade de morte celular. Quando elas forem descobertas, elas poderão ser utilizadas em conjunto com essa técnica para impedir ou talvez curar a doença, pois eles seriam administrados antes que um dano maior ocorresse.”
Os outros pesquisadores que participaram deste estudo são: Michael D. Lewek, professor assistente de ciência do exercício e do esporte; Roxanne Poole, coordenadora do estudo; Julia Johnson, colega clínico, e Omar Halawa, estudante médico, todos da Universidade da Carolina do Norte.
Os responsáveis por este trabalho foram o Instituto Nacional da Saúde e o Centro de Ciências para o Movimento Humano da Universidade da Carolina do Norte.
ScienceDaily (10 de Dezembro de 2009)
Gostaria de ressaltar que o estudo apresentado nesta matéria é tema da edição atual de ‘Gait and Posture’, uma publicação internacional de grande peso no meio científico de estudos sobre marcha e postura.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Resposta de um fisioterapeuta ao Ato Médico

Segue a transcrição de uma carta feita por um colega meu de profissão em resposta ao Ato Médico:
"Caros senhores favoráveis ao Ato Médico, se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas).
Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos). A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída.
O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra-indicado, devido à osteoporose? Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?
Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado? Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais? Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder? Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos? Qual o melhor exercício? Existe tal exercício? No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder? Tem contra-indicações ou precauções? Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária? O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US (quantos MHz? Quantos W/cm2? por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?).
Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso? Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia", já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastamento virar aposentadoria!
Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.
Marco Tulio Saldanha dos Anjos
Fisioterapeuta
CREFITO-4 51246-F

Ato Médico: profissionais da saúde sem autonomia

Em 21/10/2009 a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 7703/06, chamado de Ato Médico, que regula o exercício da medicina e determina que procedimentos devem ser realizados exclusivamente pelos médicos. A proposta da lei é de deixar mais restrita e detalhada as regras quanto aos procedimentos médicos, o que pode gerar muita discussão e contestações judiciais entre outras área da saúde. Como por exemplo, a exclusidade dos médicos quanto a formulação de diagnósticos de doenças e prescrição de medicamentos. Além disso, entidades representativas de outras áreas da saúde se opõem à proposta com o argumento de que a população tem o direito ao livre acesso aos profissionais da saúde, sem que tenham de passar obrigatoriamente por uma consulta médica.
Ainda segundo o Ato Médico aprovado pela Câmara, as atividades realizadas normalmente por outros profissionais ligados ao setor da saúde, como a aplicação de injeções subcutâneas, intramusculares ou intravenosas; coleta de material biológico para análise laboratorial; realização de exames citopatológicos (análise de amostras de células) e seus laudos; e realização de cateterismo sem cirurgias (no esôfago ou no nariz, por exemplo), são explicitamente citadas como não privativas de médico. No entanto, deve haver uma indicação médica para o procedimento.
Diversos profissionais terão seu trabalho subordinado aos médicos, e a sociedade perderá seu livre direito de ter acesso a um profissional da saúde.
Espero, com esse post, difundir esse fato, levar informação a muitas pessoas para que possam votar e opinar a esse respeito.
Gostaria de contar brevemente uma situação pela qual passei (dentre tantas) no ano de 2004, quando trabalhei numa clínica de fisioterapia que prestava serviços para um convênio. Uma senhora chegou com queixa de dor no quadril e uma guia médica com o pedido de dez sessões de fisioterapia. O médico que fez a prescrição não determinou apenas o número de sessões (dez, esse número místico que médicos e planos de saúde adoram), mas também o que deveria ser feito na fisioterapia: aplicação de ondas curtas, dentre outras coisas.
Bom, a esta altura eu já havia feito uma breve anamnese com a paciente e já sabia que ela tinha uma prótese em um dos quadris, uma contra-indicação total para o uso de ondas-curtas (prescrito pelo médico). Quando tentei explicar isso pra ela, recebi uma negativa. Ela me disse que o médico havia MANDADO fazer e que, se ele disse, como poderia estar errado?"
Pacientemente eu tentei explicar de uma forma simples o funcionamento de um aparelho de ondas curtas, sem muito sucesso. Mas para resumir, devido ao calor profundo que o aparelho gera, se aplicado sobre uma região que tenha implante metálico, pode até fazer o implante derreter, e gerar consequências graves!
No final das contas ela ficou meio descontente com o que eu disse e por NÃO TER APLICADO O ONDAS CURTAS, e eu, ciente de que estava aplicando os conhecimentos que obtive na faculdade, e certa de que se tivesse seguido a prescrição médica, teria causado um sério dano à paciente, além de correr o risco de ser processada e até mesmo ter meu crefito suspenso, já que o senhor doutor que prescreveu o tal aparelho não iria responder pelos meus atos de fisioterapeuta. Pois quem está habilitado para avaliar e prescrever uma conduta fisioterapêutica é o fisioterapeuta.
Essa é apenas uma de muitas histórias que vemos por aí, todos os dias, eu e meus colegas de profissão e da área da saúde.
Temos que lutar para informar a todos sobre o Ato Médico, e evitar que ele seja colocado em prática.
A Agência Senado está promovendo uma enquete, através do seu site, sobre a regulamentação da medicina. A pergunta "você é a favor ou contra a regulamentação do exercício da medicina nos termos do projeto PLS 268/02?" ficará no ar até o fim de dezembro e pode ser acessada na página principal da Agência. Dê o seu voto ao projeto, que foi aprovado em outubro pela Câmara dos Deputados, e, agora, aguarda a avaliação dos senadores.
http://www.senado. gov.br/agencia/ default.aspx? mob=0.

Cientista brasileiro está mais perto da cura do mal de Parkinson

Os portadores do mal de Parkinson têm um motivo para comemorar. Uma pesquisa desenvolvida pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis caminha em direção à cura dos sintomas da doença. O paciente não poderá dizer que está livre do problema, mas viverá sem os terríveis tremores e a incapacitante rigidez muscular. Para quem sofre de Parkinson, recuperar o controle dos movimento é o mesmo que estar curado.
A técnica consiste em um pequeno corte na altura do pescoço para implantar uma espécie de marca-passo na medula. Hoje, marca-passos são colocados no interior do cérebro, mas a cirurgia é cara e muito invasiva. A nova técnica de Nicolelis parte de uma visão diferenciada da neurologia, criada pelo próprio cientista, e que o transformou em um dos pesquisadores mais importantes da atualidade.
Seu grande mérito está na compreensão do cérebro como um órgão contínuo, com os neurônios agindo em conjunto. Até hoje, os neurologistas pressupõem uma série de divisões, nas quais cada área do órgão se- ria responsável por funções distintas. Para Nicolelis, essa divisão não faz sentido. Ele pretende, inclusive, publicar em 2010 um livro com sua nova teoria sobre o cérebro.
Ao pensar no sistema nervoso de forma mais integrada, o neurologista buscou outra porta de entrada para combater o Parkinson. Atualmente, já existem cirurgias para implantes de marca-passos, mas elas são restritas a cerca de um terço dos pacientes. “E são muito caras, o que é uma grande dificuldade para o brasileiro”, explica a neurologista Elza Dias da Silva, presidente da Academia Brasileira de Neurologia.
O experimento de Nicolelis foi realizado em ratos e camundongos que tinham rigidez muscular. Ao implantar o estimulador, eles imediatamente começaram a se mexer. Foi um sucesso. Os animais ficaram 26 vezes mais ativos. O cientista testou ainda uma combinação: o estimulador com medicações. Bastaram duas doses de remédios para obter bons resultados. Sem o estimulador, foi preciso subir para cinco doses.
O estimulador elétrico corrige uma espécie de curto-circuito do sistema nervoso. Em pessoas saudáveis, os neurônios (células cerebrais) se “acendem” com velocidades diferentes conforme a informação sobre um movimento é transmitida entre cérebro e corpo. No portador da doença, os neurônios disparam ao mesmo tempo. Como resultado, a pessoa tem tremores ou rigidez muscular.
Para resolver o problema, Miguel Nicolelis implantou duas sondas metálicas muito finas na coluna das cobaias. Por elas, uma corrente elétrica foi transmitida para a medula, corrigindo o ritmo dos neurônios. O próximo desafio é testar a técnica em macacos. Uma equipe de cientistas estuda como fazer isso no Instituto de Neurociência de Natal. “É uma pesquisa muito promissora”, afirma Elza.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Olá!

O mundo está agitado, tem saído muita coisa nova, muitas notícias, e isso é realmente empolgante.
Nesta quinta-feira o Dr. Luiz Augusto Franco de Andrade estará na Associação Brasil Parkinson, ONG da qual faço parte, palestrando sobre pesquisas e cirurgias que vêm sendo realizadas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento de portadores da doença de Parkinson.
Fica aberto o convite a todos os interessados, e a promessa de que logo mais postarei as novidades que eu encontrar por lá!
Até mais,
Daniela.

Herói do mês: Muhammad Ali


A lenda do boxe, Muhammad Ali, ou Cassius Clay, nascido no estado de Kentucky em 1942, tem lutado contra a doença de Parkinson, não só por ele mas por muitos.
Em 1954, Cassius Clay teve sua bicicleta roubada fora do auditório Columbia. Clay chamou um policial de Louisville, Joe Martin, dizendo que ele iria atrás do culpado seja quem ele fosse. Martin, que treinava jovens boxeadores disse a Clay que seria melhor ele aprender a lutar primeiro.
O futuro campeão mundial fez sua estréia no boxe, ganhando quatro dólares por luta. Apenas seis anos depois ele já era o Campeão Mundial de Peso Leve. Aos 22 anos, ele era o Campeão Mundial de Peso Pesado.
Clay se tornou Muhammad Ali em 1964, após o anúncio de que havia se tornado um mebro da nação Islã. Seguindo os fundamentos de suas crenças religiosas, Ali se recusou a lutar no Vietnã. Em 1967 ele foi considerado culpado de se recusar a lutar nas forças armadas, perdeu seu passaporte, o título de sua associação de boxe e foi banido do boxe por três anos.
Apesar da proibição ele recuperou seu título em 1974. Em 1981 Ali se aposentou do boxe e três anos depois anunciou seu diagnóstico de doença de Parkinson.
Desde então Ali levantou mais de 45 milhões de dólares para a doença, e nunca aceitou sua condição como algo debilitante mas sim como um meio de se conectar com as pessoas.
Barack Obama, escrevendo sob o título "O Que Muhammad Ali Significa Para Mim" no 50° aniversário da medalha de ouro olímpica de Ali, escreveu: “Nós admiramos o homem que, enquanto sua fala se torna mais suave e seu movimento mais restrito pelo avanço da doença de Parkinson, nunca perdeu a habilidade de criar uma conexão profunda e significativa com pessoas de todas as idades.”
Questionado por que é universalmente amado, ele levanta uma mão trêmula, com dedos largos, e diz: “É por causa disso. Agora eu sou mais humano. É o Deus em cada pessoa que as conecta comigo.”
Além de levantar fundos para o Parkinson, Ali foi nomeado Mensageiro de Paz das Nações Unidas, e tem viajado pelo mundo para visitar crianças doentes.
Como Obama diz, ele “nunca parou de usar sua celebridade para o bem”.
Autor: Melanie Scagliarini
Fonte: http://www.sidewaysnews.com/science-technology/hero-month-muhammad-ali

Uso de videogame no tratamento da doença de Parkinson


Uma combinação de exercício e videogame pode auxiliar o tratamento de pacientes com doença de Parkinson. Por Dr. Sanjay Gupta.

http://www.kvue.com/home/Using-video-games-to-treat-Parkinsons-disease-78404762.html

O trabalho é interessante, e por combinar ao exercício físico tarefas como percepção e coordenação visuo-espacial, torna-se muito útil no tratamento de portadores da doença de Parkinson.

No Brasil infelizmente ainda é um recurso disponível para poucos, tendo em vista o custo do equipamento. Porém para clínicas, escolas e grandes centros de reabilitação isso é possível e tem se tornado uma ferramenta muito útil para nosso trabalho de reabilitação desses pacientes.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Constipação pode ser um sinal precoce da doença de Parkinson


Constipation may represent one of the earliest signs of Parkinson's disease, preceding the onset of motor symptoms by two decades or more, data from a case-control study suggest.Patients with Parkinson's disease were more than twice as likely to report a history of constipation compared with a control population. The association remained significant after controlling for other factors associated with constipation, according to a report in the December issue of Neurology.Though constipation is not specific for Parkinson's disease, the findings are consistent with the hypothesis that Parkinson's disease adversely affects autonomic function early in the course of pathogenesis."Our findings may suggest that constipation is an early manifestation of the neurodegenerative process underlying Parkinson's disease, and that it frequently precedes the classic motor signs of Parkinson's disease by several decades in both men and women," Walter A. Rocca, MD, of the Mayo Clinic in Rochester, Minn., and colleagues concluded.
However, they cautioned that "there are alternative explanations for this association."
Autonomic dysfunction is a recognized component of the pathogenetic process of Parkinson's disease, and Lewy bodies are consistently found in the autonomic nervous system of patients who have died with Parkinson's disease.
Constipation is one of the most common manifestations of autonomic dysfunction and often is present at the onset of motor symptoms or progression of Parkinson's disease, the authors noted.
In some cases, constipation may precede the onset of motor symptoms in Parkinson's patients. Data from the Honolulu-Asia Aging Study showed that men who reported less frequent bowel movements had an increased risk of Parkinson's disease during a 24-year follow-up period (Neurology 2001; 57: 456-62, J Neurol 2003; 250(suppl 3): III30-39).
Other reports from the Honolulu study described an association between constipation and incidental Lewy body disease and a reduced neuronal density in the substantia nigra (Mov Disord 2007; 22: 1581-86, Mov Disord 2009; 24: 371-76).
Consistent with clinical and pathologic findings, the Braak staging system of Parkinson's disease neuropathology predicts early involvement in the disease process (Neurosci Lett 2006; 396: 67-72).
Continuing this line of work, investigators reviewed medical records of participants in the Rochester Epidemiology Project. They identified all patients who developed Parkinson's disease (by conventional diagnostic criteria) from 1976 through 1995. Each case was matched by age and sex with a member of the general population of participants in the epidemiologic study.
Investigators defined constipation as a diagnosis of constipation in the medical records or use of drugs to treat constipation, even in the absence of a diagnosis.
The analysis revealed 196 patients who developed Parkinson's disease during the period reviewed. The authors found that 71 (36.2%) patients with Parkinson's disease had a history of constipation compared with 40 (20.4%) of the control group. The difference translated into an odds ratio of 2.48 for cases versus controls (95% CI 1.49 to 4.11, P=0.0005).
The association between constipation and Parkinson's disease remained significant after adjusting for smoking and coffee consumption and exclusion of possible drug-induced constipation.
Moreover, the association remained significant in an analysis limited to patients with constipation documented 20 or more years before the onset of motor symptoms of Parkinson's disease (OR 2.98, 95% CI 1.48 to 6.03, P=0.002).
The association was stronger in women (OR 3.38) than in men (OR 1.92) and in patients with rest tremor versus those without, but the differences did not reach statistical significance.
Although the data supported the biologic plausibility of constipation as an early nonmotor manifestation of Parkinson's disease, the authors offered several alternative explanations:
Constipation and Parkinson's disease could be independent manifestations of an unknown risk factor
The association might reflect a genetic susceptibility
Constipation might have an indirect, but causal, role in Parkinson's disease, such as increased intestinal absorption of substances toxic to the substantia nigra
"However, the evidence in support of these alternative interpretations remains limited," the authors said.


By Charles Bankhead, Staff Writer, MedPage TodayPublished: December 02, 2009Reviewed by Zalman S. Agus, MD; Emeritus Professor University of Pennsylvania School of Medicine.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Reabilitação na doença de Parkinson - From Índia

Parkinson’s disease is a degenerative disease of the brain that often impairs motor skills, speech, and other functions. It belongs to a group of conditions called movement disorders and it typically affects movement and thus the day to day functioning of the patient.
Rehabilitation has an important impact on reducing functional limitations and disability and promoting optimal health in a patient with Parkinson’s disease. The enhancement of quality of life is the most important outcome for individuals with a chronic Parkinsonism.
Restorative rehabilitation or the rehabilitation aimed at restoring the functions is focused on improvement of strength, Range of motion (ROM), functional performance, endurance and so forth using remedial and compensatory training strategies.
Individuals from Parkinson’s also benefit a lot from “Functional maintenance programs”. These programs are designed to manage the effects of progressive disease. Strategies are developed to prevent or slow decline of function, and promote regular exercise, good health, and self management skills.
For optimal management of a Parkinson’s patient a coordinated team of health professionals, including the physician, nurse, physical therapist, occupational therapist and speech/ language pathologist work in close unison. Consultation to other specialists like nutritionist, gastroenterologist, urologist, pulmonologist, is also done, if need be. This dedicated team has a focus on long range planning which is critical for effective management.
The patient and the family member are considered the key members of the team in the rehabilitation of a parkinson’s patient who are fully involved in all aspects of the treatment planning process.
For detailed information on Parkinson’s rehabiliation please log on to www.indicure.com, www.indicurerehabilitation.com, or write to drruchika.m@gmail.com
About the Author:
Dr Ruchika is Head of the patient care services at Indicure, the premier Healthcare Company of India, which provides expert medical advice and complete healthcare facilitation to patients globally.Read more: http://www.healthpress.us/rehabilitation-in-parkinson%E2%80%99s-disease/#ixzz0X1NpNJcu

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Victoria Parkinson | Skill Tester


A Agência DDB/Rapp da Austrália lançou uma campanha diferente para mostrar às pessoas o como é difícil conviver com a doença de Parkison. Devido aos tremores, à lentidão e à rigidez dos músculos, atividades comuns do dia-a-dia como atender um telefone ou pegar um relógio tornam-se tarefas complicadas para quem possui a doença. A agência colocou em algumas máquinas Grua (maquinas de pegar brinde) objetos do cotidiano, como relógio e tesoura, para que as pessoas experimentassem um pouco dessa sensação.
Aqui no Brasil ainda estamos carentes desse tipo de iniciativa. Frequentemente o portador da doença de Parkinson se vê diante de situações embaraçosas devido à falta de conhecimento que a população têm sobre a doença.
Mas contamos com o trabalho de profissionais, dos próprios pacientes e de entidades filantrópicas, como a Associação Brasil Parkinson, para possamos divulgar mais informações sobre a doença.

domingo, 26 de julho de 2009

O exercício físico pode tratar a doença de Parkinson?

(áudio em inglês)

http://www.youtube.com/watch?v=-nAd0k815Ok

19 de dezembro de 2003: quando tudo começou...


Fisioterapia

Trabalho é o primeiro tema que me inspira a escrever um blog.
Meu ofício é ser Fisioterapeuta. Tenho um trabalho voltado para a saúde das pessoas, para restaurar funções, melhorar e adpatar o movimento e, assim, promover qualidade de vida aos meus clientes.
Graduada em Fisioterapia pela USP em dezembro de 2003, trabalho na reabilitação de pessoas com distúrbios neurológicos, em especial de portadores da doença de Parkinson.
Além de prestar serviço para a Associação Brasil Parkinson (a ABP), uma organização não governamental sem fins lucrativos voltada para a assistência dos portadores desta doença, recentemente me especializei em Gerontologia com o objetivo de aprimorar meus conhecimentos e formas de abordagem dos indivíduos idosos, que têm sido o alvo do meu trabalho.
Minha história de trabalho com os portadores da doença de Parkinson começou ainda na faculdade, quando optei por realizar minha monografia de fim de curso com a Dra. Maria Elisa Pimentel Piemonte, professora de Fisioterapia Neurológica que já tinha uma vasta experiência com a doença de Parkinson. No ano de 2003, participei do "Projeto dos Manuais", no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Neste trabalho era responsável por ensinar exercícios físicos aos portadores da doença de Parkinson e verificar semanalmente o quanto e como esses pacientes assimilavam os exercícios orientados. Passamos um ano dentro do Ambulatório do Hospital das Clínicas orientando e reorientando nossos pacientes, coletando os dados da pesquisa e, no final de 2003, meu trabalho somou-se ao de outras pessoas que já haviam passado por este projeto, dando origem ao "Programa semanal de Exercícios para pacientes com Doença de Parkinson", obra da Dra. Maria Elisa Pimentel Piemonte.
Em 2004 realizei um estágio de três meses na Associação Brasil Parkinson, sob supervisão da fisioterapeuta Érika Okamoto, durante o qual pude ver mais de perto o trabalho com os parkinsonianos.
Em 2005, a convite da Dra. Maria Elisa, substituí a Érika Okamoto na Associação durante sua licença-maternidade, e supervisionei também os alunos de pós-graduação da USP que faziam estágio na ABP. O que era para durar apenas quatro meses acaou se estendendo até hoje. Graças à colaboração da Érika, da Dra. Maria Elisa, do Dr. Samuel Grossmann, diretor da ABP, e também ao meu bom trabalho.
Já são mais de quatro anos na ABP, trabalhando com nossos pacientes queridos, lutando junto com eles, e também ensinando aos fisioterapeutas que passam por lá no estágio de pós-graduação da USP. Além de trabalhar na ABP, também realizo atendimentos de fisioterapia em domicílio, na maior parte de parkinsonianos também.
Este ano concluí um curso de Especialização em Fisioterapia Gerontológica pela UNICID, sob coordenação da Dra. Mônica Rodrigues Perracini, um dos maiores nomes do Brasil quando se fala em Gerontologia.
Estou feliz com meu trabalho e com o que ele me tem proporcionado nesses quase seis anos de fisioterapeuta. Entretanto, tenho muitos planos e idéias para ampliar meu horizonte profissional.